sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

CRÓNICA: TAKEN 3

Título Original: Taken 3
Título Nacional: Taken 3
Pontuação: ☆ ☆ ☆

Realização: Olivier Megaton
Argumento: Luc Besson & Robert Mark Kamen 
Elenco: Liam Neeson, Maggie Grace, Forest Whitaker, Famke Janssen
Info: Ação | Thriller | $48M | 109 min



Depois da visita a Paris para libertar a sua filha das garras dos seus captores, oferecendo um fartote de porrada a quem aparecesse no seu caminho, e depois da visita a Istambul onde aproveita a estadia para ser raptado, libertar-se e oferecer um fartote de porrada a quem apareceu no caminho, Bryan Mills volta ao grande ecrã. Ex-agente da CIA e com “um conjunto particular de capacidades” vê-se acusado do assassinato da mulher, Lenore, e consequentemente objeto de uma verdadeira caça ao homem. Disposto a limpar o seu nome e a proteger a vida da filha, o herói encarnado por Liam Neeson vai perseguir os responsáveis enquanto foge à marcação cerrada do agente Dotzler (Forest Whitaker).

Ao que parece, depois da saga Transporter (com Jason Statham como protagonista), Olivier Megaton oficializa-se como herdeiro do esforço inglório de levar ao esgotamento os franchises criados pela dupla Luc Besson e Robert Mark Kamen. Numa trama que (infelizmente) tem muito de previsível, o espectador é bombardeado por “pequenas pistas” que “inesperadamente” vão levar ao culminar do enredo (sarcasmo). É pena serem tão óbvias porque do lado da lei temos um Forest Whitaker sem espaço para brilhar, mero peão num tabuleiro de xadrez. Ainda assim, não se pode dizer que tudo seja mau, tire o leitor daí a sua ideia, porque a verdade é que se o enredo só vale 1 estrela à pontuação desta crónica, Liam Neeson per se vale outra. Aqui ele brilha, ao estilo das sessões de Chiado Terrace de sábado à tarde, com muito pugilato, sarilhos na auto-estrada (em que no final vem sempre um camião ‘botar’ água na fervura), tiros e explosões a que qualquer amante de ação não fica indiferente. Um ainda que pobre “plot twist” no final, não mais que mera sombra daquilo com que Besson nos tem presenteado, acaba por mandar o espectador para casa com um sabor menos amargo na boca. 

Não é um filme imperdível: o argumento é manifestamente precário e tem uma sequência de cenas que se encadeiam de forma desconexa; por sua vez o papel de Neeson badass vale a pena e há sempre alturas em que filmes como Taken 3 são bons filmes para ver. Porém, nada que chegue perto do encanto (e também da novidade) do que se viu em Taken – Busca Implacável (2008) e que culminou na vontade da FOX de explorar a personagem do ex-agente Bryan Mills, nesta trilogia. Bem ou mal, a história é outra, a verdade é que Neeson traz um encanto muito singular aos filmes de ação.

Agradecimentos Magazine HD pelo acesso à antestreia

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