segunda-feira, 2 de março de 2015

CRÓNICA: THE WEDDING RINGER

Título Original: The Wedding Ringer
Título Nacional: O Amigo do Peito
Pontuação: ★ ★  ☆ ☆ + 

Realização: Jeremy Garelick
Argumento: Jeremy Garelick & Jay Lavender 
Elenco: Kevin Hart, Josh Gad, Kaley Cuoco-Sweeting
Info: Comédia | Romance | $23M | 101 min



A cena de abertura de The Wedding Ringer é um retrato muito fiel daquilo que é o filme na sua globalidade. Um problema, uma grande dificuldade em resolvê-lo e disparates em quantidades industriais (veja-se o episódio da mesa no final da cena).

O plot é simples: Doug Harris (Josh Gad) não consegue arranjar padrinhos para o seu casamento e recorre aos serviços da Best Man, Inc., empresa gerida por Jimmy Callahan (Kevin Hart) que é a solução para os seus problemas: existe apenas uma regra, Doug comprou um serviço, não um melhor amigo, e portanto no final do casamento cada um deverá seguir a sua vidinha.

Como é mais do que óbvio, não é spoiler nenhum dizer que os dois ficam juntos no final, e isso é o grande trunfo que nos é apresentado em The Wedding Ringer. Todos sabemos para onde vamos, e não é por isso que o espectador deixa de se surpreender. Este é um filme que não pretende ter personagens complexas para se conhecer à medida que o enredo avança, optando antes por uma mão cheia de estereótipos que têm o seu momento para brilhar. Um humor assente tanto no exagero como na surpresa, com alguns diálogos muito bem esgalhados e uma mensagem de fundo que nos prova que o facto de o gordo ir sempre à baliza só é uma oportunidade para este se tornar um bom guarda-redes, são suficientes para The Wedding Ringer não ser de todo um fracasso.

Kevin Hart é um comediante fabuloso e mostra-o por diversas vezes, Josh Gad cumpre muito bem com o seu papel e Kaley Cuoco-Sweeting, a Penny de Big Bang Theory, com pouco tempo de antena, tem uma prestação que cumpre os mínimos, tão morna quanto a personagem que interpreta. Uma vénia ainda para o ator Ignacio Serricchio no papel de Edmundo.

Em suma, o filme de Jeremy Garelick e Jay Lavender (criadores de The Break-Up) mostra que sabe bem em que categoria se insere, procurando destacar-se sem ser pretensioso, mantendo-se simples, inteligente, por vezes bizarro e muitas vezes divertido. Não leva mais do que duas estrelas, mas leva uma estrela suplementar de “Bom Filme de Domingo à Tarde” – aqueles domingos marcados por um bom almoço, em que o sofá grita por nós para assistir a uma película que não exija muito do nosso intelecto – porque de facto é um belo pedaço de entretenimento (para M/14).

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